Fui convocado pra lutar! - RSP 20

terça-feira, 23 de agosto de 2011


Fui convocado pra lutar! - RSP 20
(Refletindo Segundo a Palavra)
(Parte 01)

Olá galera do O (in)dizível! Meu nome é Eduardo Oliveira e gostaria de compartilhar com vocês algumas experiências que tive durante os últimos meses. Elas são fragmentos que fichei de cartazes e relatos de meu diário.


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11 de outubro de 2010

Hoje completei 25 anos e ganhei um “excelente” presente, “fui convocado pra lutar”. Recebi uma carta de convocação das forças armadas. Fiquei confuso com aquela correspondência que pedia o meu comparecimento em 48H no quartel general de minha cidade, pois a minha nação precisava urgentemente de jovens para a guerra. Fiquei “pirado”, nervoso e comecei a imaginar o que me aguardava e pra onde eu iria.



No dia seguinte acordei 5 horas da manhã. Chovia muito e estava muito frio. Peguei um ônibus LOTADO, eu me senti um dente de alho sendo amassado. Chegando no quartel encontrei mais 200 pessoas na mesma faixa etária que a minha. Todo mundo “feliz” por estar ali numa manhã chuvosa às 6 horas da manhã para responder um chamado militar de ir à guerra. Em poucos instantes chegou o tenente Fontes e nos informou que apenas 20 homens seriam recrutados pro campo de batalha no Oriente Médio. Alguns brasileiros iriam ajudar nas tropas da ONU, numa missão de "paz". Eu comecei a calcular a minha probabilidade de não ser convocado em ir para a guerra e percebi que tinha muitas chances, pois além de meu biótipo ser inferiores aos demais candidatos a vaga de soldado apenas 10% seria alistado.

Durante aquela manhã fizemos uma variedade de testes para avaliar inúmeras aptidões necessárias para um soldado.

Às 14:53H o tenente Fontes pediu que todos os convocados ficassem de pé a medida que ele fosse dizendo os nomes dos recrutados. E como a convocar:

- Anderson Firmino de Oliveira!

- Presente!

- Bernando Dutra e Silva!

- Presente!

- Carlos Sampaio Nascimento!

- Presente!

- Edgar Fonte de Silva e Silva!

- Presente!

- Fernando Santos Cunha!

- Presente!

Véi, quando o cara disse: “Fernando!” Eu pensei: “Me armei nessa!” Pois ele estava seguindo a uma ordem alfabética e depois da letra ”f” vem “g” e meu nome começa com “e”. Entendeu?(risos)

- Tadeu Andrade!

- Presente!

- Ubaldo Santos Oliveira!

- Presente!

- Os demais estão dispensados. Sendo necessário os convocaremos novamente.


Quando o tenente disse aquela palavra mágica: “dispensados!” Sai foi “voando” dali. A galera feliz saía o mais rápido possível por uma porta estreita quando ouvimos o tenente dizer: “Quero todos novamente ao pátio!” e continuou: “Senhores, o senhor Carlos Sampaio Nascimento não poderá ir, pois o nosso psicólogo percebeu em um dos testes uma informação a qual o desqualifica. Então compreendemos que outra pessoa ocupará o seu local!”

- Eduardo Oliveira!


A minha alegria se tornou em tristeza e raiva, pois não queria ir pro campo de batalha. E comecei a pensar, nas inúmeras situações as quais eu poderia passar e lembrei dos filmes de guerra, me recordei que eles eram muito sanguentos e sempre alguém morria ou fica gravemente ferido e eu poderia ser um desses. Chorei nesse instante, pois lembrei que seria necessário deixar minha família, meu lar, e eu comecei a perceber o valor das pessoas em minha vida. Quantas pessoas eram importantes pra minha vida e na minha vida e eu nunca percebi. Seria necessário a distância do lar, de casa, das amizades, das ruas e do futebol às sextas, pra perceber o valor de tudo e todas?

Enquanto eu falava uma mão tocou meu ombro!



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Um fraterno abraço no Amor de Cristo,

Gustavo Pestana


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