Os cristãos têm o costume de afirmar que quando estão em uma situação
difícil, estão no deserto. E, realmente, não é nada fácil estar no deserto.
Geograficamente, deserto é uma região de baixo índice pluviométrico.
Assim, há lugares muito quentes que são desertos e há lugares muito frios, como
nos polos, que também são considerados desertos. Mas, vamos levar em conta os
lugares quentes, afinal é desse tipo o que encontramos nos relatos bíblicos.
No deserto não há conforto. Há sim um sol escaldante, que por si só,
acaba com as nossas forças. Sentimos sede, fome, e não há uma lanchonete, nem a
casa de alguém para conseguirmos ao menos um copo de água. Quando alguém passa
pelo deserto, certamente é porque há um objetivo. Para uma pesquisa, aventura,
ou porque faz parte do caminho. Mas, não é nada fácil estar ali.
O povo de Israel peregrinou 40 anos no deserto. E conhecemos o quanto
murmuraram pela falta de água, comida, conforto. O deserto é um lugar de
queixas. Mas o Senhor usou o deserto como cenário para fazer uma declaração de
amor.
Na minha limitada compreensão da grandiosidade de Deus, entendo que as
maiores declarações de Deus pelo seu povo acontecem no deserto; ou nós é quem
conseguimos perceber este tão grande amor apenas quando estamos no deserto, ou
seja, em meio ao sofrimento, à dor, à aflição, à aparência de que não há mais
solução.
Foi na sede absoluta que Deus fez água sair da rocha. Foi na
impossibilidade de o povo encontrar algo para comer que Deus fez “chover”
codornizes. É quando pensamos que não há mais solução, que Deus vem e diz,
posso todas as coisas.
Eu já passei por um deserto muito seco, repleto de areia, sol escaldante.
Não era vontade minha estar ali, mas foi o Senhor que me levou para lá. Foi
ali, no meio de todas as impossibilidades que Ele me deu a mais linda vitória.
Portanto, se você está hoje num deserto, não murmure. O Senhor te atraiu
e Ele tem um objetivo. Ele quer falar ao seu coração.
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