Feita de papelão

terça-feira, 4 de maio de 2010



Feita de papelão


Por: Gustavo Pestana


Você concorda que a segunda-feira poderia deixar de existir algumas vezes em nossas vidas? Depois do domingo, quando você foi à praia e está, um pouco queimado(a), ou depois de estudar tanto, pois não teve tempo durante a semana. Poderia também ser quando você não teve como descansar o suficiente para repor suas energias perdidas durante uma longa semana de trabalho!

Imagine ai, uma menina de 13 anos. 1, 65 metros de altura. Com sua mente mais na “lua” do que na “terra”. Ela se chama Iami. Iami queria mudar sua cama de lugar, mas sua mãe não deixava, se não quisesse comer batata não podia, se quisesse falar era privada. Se quisesse pensar era punida. Por que isso, ela se perguntava sempre! Por que não tenho voz?

Isso até aquele dia. A mãe de Iami estava muito irritada, pois Iami chorava muito, pois não queria tomar uma medicação contra febre. Iami dizia que era amargo e ela odiava aquilo. Forçada ela tomou. Aquela medicação inundou sua boca, como as águas represadas adentram o local posterior às barragens. E aquele gosto horrível permanecia em sua boca, enquanto descia pela sua garganta, mesmo depois de uma colherada de açúcar.

Iami pensou em ir pra cama e fez isso. Permaneceu lá por uns momentos e dormiu.

Cinco anos se passaram daquele dia. E Iami agora está na faculdade de artes plásticas. E durante um domingo muito monótono, decidiu fazer algo novo. Ir pegar os papelões do mercadinho de seu pai e criar algo, pois estava super empolgada com as aulas da faculdade. Cortava, desenhava, pintava, e suava muito nesse processo. Surgi diante de seus olhos algo estranho. Uma caixa imensa com apenas duas pequenas janelas laterais e uma imensa porta. O que eu fiz, pensava Iami!

Iami fez a caixa de papelão. Não qualquer caixa, mas sim a caixa de papelão que lhe permiti viajar parada. Uma caixa mágica, com poder trazer devoltaa infância.

Iami ao sentar-se naquela caixa, teve uma estranha sensação, pois inúmeros flashs de momentos vividos em sua infância apareciam em sua mete jovial. O dia que ele comeu sorvete de baunilha pela primeira vez, sua primeira bicicleta e sua primeira queda de bicicleta. Ela lembrou............! Ela se lembrou de muitas coisas.

Isso aconteceu porque enquanto ela confeccionou a caixa de papelão, ela pegou no seu quarto suas caixas de sapatos, que ela chamava de “lembrança”.

Nas caixas tinha fita de gincana e medalha de gincana, boletim de igreja, convite de casamento, etiqueta de roupa, fotos, selos do correio, alguns dos seus escritos, e muitas ou trás coisas que ela colecionou durante muitos anos. Ela ao olhar para um lápis faber nª 2 preto, lembrou que sua mãe quase a obrigou que ela jogasse fora ele, pois já estava bem usado e estava só o toquinho de lápis. Ela tentava explicar pra mãe sobre a importância daquele lápis.

Essa história nos faz pensar sobre como podemos relembrar bons momentos de nossas vidas, como coisas que normalmente não damos tanto valor no transcorrer de nossas vidas, como um bilhete, um convite de casamento, um adesivo de caderno, que nos faz lembrar de algo ou de alguém especial.

Se você não tem uma caixa de lembranças boas, acho que seria interessante confeccionar logo a sua. As pessoas pensaram que ali é apenas “lixo” e coisas velhas, mas você lembrar-se-á que ali tem fragmentos de boas lembranças.

1 comentários:

  1. Eu tenho uma caixinha dessa, adoro reviver cada momento que está guardado dentro dela. O texto está maravilhoso, lindo!

    Bruna

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