A história de um mendigo chamando “Bastão de combate”

quinta-feira, 18 de março de 2010




A história de um mendigo chamando “Bastão de combate”






Por: Gustavo Pestana



Imagino que você, caro leitor, já tenha ido a algumas praças. Você deve ter percebido que nelas têm bancos, alguns brinquedos para as crianças (algumas praças é claro) e em algumas um chafariz. Em algumas a primavera é lindo como muitas cores proporcionadas pelas flores. Mas você nunca deve ter dado muita atenção se nelas tem mendigos.


Normalmente as lindas praças de nosso Brasil, abrigam uma vasta população de mendigos, menores abandonados e etc. Poucas pessoas se preocupam com esses moradores da praça, eles são vistos como apenas mais um no meio da multidão e, desta forma pouco importa quem são e pra onde vão, ou se vão pra algum outro lugar além de uma praça.


Se eu te contar que numa praça dessas do Brasil mora um mendigo chamado “bastão de combate” você acreditaria? Acho que sim, pois isso seria algo insignificante aos seus olhos. Seria apenas mais um nome que alguém colocou nele. Mas se eu lhe contasse que ele é filho de uma nobre família e que se esconde na praça há anos? Você poderia não acreditar ou achar isso estranho.




Pois é, imagine por qual motivo uma pessoa de uma nobre família habitaria numa praça abrindo mão do conforto e das regalias que ele sempre pode ter em sua família. Essa nobre pessoa decidiu que as pessoas olhavam pra ele sempre pelo que ele tinha e não pelo que ele era e, decidiu abrir mão de grande parte de seu patrimônio e, viver como uma pessoa pouco conhecida e chamar pouca atenção das pessoas. Ele pensou qual seria a melhor forma de fazer isso: tornando-se mendigo.



Ele pensou: “Se eu agir como um mendigo, e não chamar muita atenção e abrir mão de meu patrimônio, as pessoas não descobriram quem eu sou!”



Logo aos 17/18 anos ele começou a ir escolher uma praça pra freqüentar. Ele viu uns mendigos e começou a estudar o comportamento deles e viu que era difícil ser como eles, pois eles eram muito simples, e simplicidade é uma característica de pessoas nobres e, mesmo ele vindo de uma nobre família não era alguém simples até aquele dia.


Os mendigos exaltavam a beleza de uma rosa ou a doçura do cântico de um pássaro. Isso o deixou maravilhado. Ele decidiu que o dinheiro dele já não importava tanto, pois ele queria pensar como esses nobres serem.




Bastão de combate no segundo dia de vida de mendigo viu, uma pessoa que ele conhecia, um amigo de seu pai e, foi até ele dar um bom dia. Quando ele se aproximou o cumprimentou e aquele senhor disse: “Quem é você pra falar comigo? O que você tem pra me oferecer? Eu estou atrasado?” Aquelas palavras eram incompreensíveis, pois aquele senhor sempre foi tão educado com ele, mas com um mendigo ele agia diferente e, bastão de combate decidiu não se revelar pra aquele senhor.


Depois daquela cena, ele começou agir de forma simples com as pessoas, começou a ver que os adultos apenas olhavam pra ele antes, porque ele tinha muitas coisas materiais. Ele percebeu que com o tempo todos os seus bens matérias foram sumindo e se acabando. O carrinho que ele ganhara de seu pai aos 7 anos estava quebrado e sem cor. Ele decidiu cultivar o que não poderia jamais findar e não poderia ser vendido. O que pode ser tão nobre e tão simples assim ao mesmo tempo?


Ele começou a curtir o pôr-do-sol e a magnitude de um luar, a sentir a doce brisa que refrescava a praça bem cedo e ouvir os pássaros.


Eu soube que bastão de combate tem uma dupla vida. Ele continua indo as praças, mas ainda não mora mais lá! Ele faz isso pra buscar a essência das pessoas, pois ele descobriu que as pessoas podem olhar ele de duas formas bem diferentes em lugares diferentes: como um executivo importante quando gerencia algum empreendimento, que precisa estar vestido de terno ou como uma simples pessoa que está apenas sentada numa praça, com uma camisa básica de calça jeans e tênis branco.


Quando você passar por uma praça, procure ver se tem alguém olhando para as árvores, se tem meninos abandonados brincado de pega-pega, se tem algum velhinho lendo um livro ou se tem mendigo que vai lhe cumprimentar com um “Bom dia!” de forma super cativante e feliz.

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