A Igreja Perseguida em Cuba

sexta-feira, 6 de maio de 2011


A Igreja


Missionários católicos da ordem dominicana chegaram a Cuba em 1512, pouco tempo depois da descoberta da América por Cristóvão Colombo, em 1492.

A Igreja Católica Romana encontra-se firmemente estabelecida no país desde então, mas o número de católicos que efetivamente vão à igreja diminuiu drasticamente a partir de 1960. Embora 40% da população seja católica, apenas 10% dos cubanos vão à igreja com certa frequência.

Já nas igrejas protestantes ocorre exatamente o oposto. Durante os anos 90, várias denominações cristãs cresceram rapidamente, a ponto de hoje ser muito difícil encontrar uma cidade cubana sem uma igreja protestante.

Apesar de terem se esvaziado com o movimento migratório para os Estados Unidos, elas apresentam uma espetacular taxa de crescimento de 6% ao ano, enquanto a Igreja Católica cresce apenas 2,4% ao ano.

Cerca de 300 mil cubanos pertencem a uma das 84 denominações protestantes da ilha.



A perseguição


A Constituição reconhece o direito de professar e praticar qualquer religião, desde que se respeite a lei. Em inúmeras leis e documentos legais, o governo cubano tem se declarado completamente neutro em questões relacionadas ao cristianismo e exigido a separação absoluta entre Igreja e Estado. Da mesma forma, o governo afirma não apoiar nem exigir nada da Igreja cubana. Na prática, no entanto, há severas restrições às reuniões, à evangelização nas ruas e à construção de igrejas. Pastores são detidos e presos, informantes se infiltram nas igrejas e a discriminação é constante. Felizmente, o risco de morte é baixo nos dias atuais e a perseguição está em declínio de maneira geral. As restrições ainda são evidentes, mas uma recente abertura tornou possível a expansão do ministério.

Em 1992, uma emenda à Constituição mudou a natureza do Estado cubano de ateísta para laico, permitindo que cristãos pudessem se filiar ao Partido Comunista Cubano. Isto, no entanto, ainda está para acontecer. Membros devotos de denominações protestantes e católicas enfrentam, de maneira geral, intensa oposição e perseguição das autoridades.

Cubanos que defendem questões de direitos humanos frequentemente são visados e muitos têm sido presos desde a repressão em massa de 2003.

Em julho de 2006, o pastor Carlos Lamelas, ex-presidente da Igreja de Deus e membro do Conselho Cubano de Igrejas, foi preso e acusado de "tráfico humano", porque lutava pelo aumento da liberdade religiosa em Cuba. A promotoria pública pediu uma sentença de nove anos de prisão.

De acordo com a Solidariedade Cristã Mundial, uma organização britânica de direitos humanos, o pastor Carlos foi libertado de forma inesperada depois de 126 dias preso e obteve permissão para se juntar à família em Havana. Enquanto estava preso, ele não tinha permissão para sair da cela, por isso, sua saúde ficou abalada. O pastor recebia visitas semanais de sua esposa, 20 minutos cada uma, as quais, entretanto, eram vigiadas pelos guardas, e eles não podiam conversar livremente. Carlos só obteve permissão para ver seu advogado uma única vez, por cinco minutos. Suas duas filhas, de 5 e 12 anos, não puderam ter qualquer contato com o pai durante o tempo em que ele ficou na prisão.

Carlos Lamelas disse que ficou impressionado com o apoio que recebeu dentro e fora de Cuba. Quando chegou em casa, encontrou uma "montanha" de cartas e cartões de apoio vindos de todas as partes do mundo. "Nossos pés estão no chão, mas nossos corações estão nas nuvens", declarou o pastor.

Naquele ano, mais de 75 ativistas em todo o país foram presos e sentenciados a mais de 25 anos de prisão. O caso do pastor Carlos Lamelas parece ser parte de um movimento amplo para restringir a liberdade religiosa ao redor do país. Vários pastores e padres relataram um aumento da interferência incômoda do governo e alguns deles relataram o fechamento forçado ou a destruição de igrejas.



Motivos de oração


1. A Igreja está vivendo dias de avivamento sem precedentes. Louve a Deus pelo grande avivamento que tem permeado o país e pelo crescimento explosivo das igrejas domésticas. Ore para que esta expansão continue.

2. A Igreja está respirando ares de maior liberdade. Louve a Deus pelo abrandamento significativo das restrições e peça para que esta tendência continue. Ore para que esse relacionamento melhore cada vez mais.

3. A Igreja está desfrutando de um apoio internacional expressivo. Agradeça a Deus pela importante rede de apoio que fornece Bíblias e outros recursos para evangelização às igrejas domésticas cubanas. Ore para que este auxílio aumente.

4. A Igreja cubana tem a oportunidade de permear a nação com o Cristianismo. Ore para que o país continue caminhando no sentido de se tornar uma nação com total liberdade religiosa, onde o evangelho possa ser pregado livremente e igrejas possam ser implantadas em grande escala.


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