Viva

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011



Por: Gustavo Pestana

(In)decisão.

Amo essa palavra, decisão, cisão.

A decisão é o ato de cindir, romper com algo que nos prende. Quando um bebê nasce seu cordão umbilical deve ser cortado, cindido, para que ele possa viver, pois caso isso não aconteça ele nem estará no ventre da mãe e tão pouco apto a viver fora dela. Ao decidir o rompimento do cordão umbilical de uma criança, ela entrará no mundo das decisões, o qual a tornará livre, dona do livre arbítrio. Ele poderá agora responder e escolher o que ela quer para o restante de sua vida. Você pode ter visto ou até conhece pessoas que até hoje estão pressas por “cordões umbilicais”, laços que não as deixam viver, “nem uma vida fora do ventre, nem dentro do ventre”. O que seria um “ventre”?

Ventre é algo que abriga, nutri e protege um feto. Neste local, o feto pode desenvolver-se e constituir-se como ser humano. Mas depois de 9 meses acontece/chega a hora do parto, ele, o bebê, necessitará sair do ventre materno e conhecer o mundo que o cerca, o qual o espera. Quando um bebe nasce antes dos 9 meses dar-se-á o nome de prematuro e quando supera esse período dar-se-á o nome de supermaduro. Mas quando ele nasce e não se separa do cordão umbilical como ele é classificado? Não há classificação, é algo (in)definido.

Por que um “(in)definido” não rompe com o condão umbilical? Por que presume que a única fonte de existência se resume ao ventre materno, o qual já não lhe cabe mais, não há outro fato que explique essa situação. Há em todo planeta, centenas de pessoas que estão pressas a “cordões umbilicais”, pressas a um ventre que já não nutri mais suas vidas, ao contrário, as destitui de ser quem elas poderiam se: Seres humanos.

Segure a tesoura e ...

Vou deixar um Pensamento como reflexão pra vocês de meu brother Nando que muito admiro.


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

(Fernando Pessoa)


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