O amor de Elcana

quarta-feira, 13 de junho de 2012





Como ontem comemorou-se o Dia dos Namorados, hoje falarei de uma história de amor.










A Bíblia nos relata a história de um homem que amava muito a sua mulher. Não, não estou me referindo a Salomão, como narra Cantares, e nem a Jacó, que trabalhou 14 anos pelo amor de Raquel. Estou falando de Elcana.
Elcana possuía duas mulheres: Penina e Ana. Penina deu filhos a seu marido, porém Ana não havia experimentado a maternidade. Mas, assim como Jacó amava a Raquel, Elcana amava a Ana. O interessante é que, quando o autor revela o sentimento de Elcana, ele faz uma observação: porque amava a Ana, embora o SENHOR lhe tivesse cerrado a madre. (1 Samuel 1:5)
Infelizmente, o conceito de amor que temos visto em nossos dias é bem diferente. Os divórcios acontecem a todo o tempo e repetidas vezes pela mesma pessoa. Os motivos variam de graves a tolos por demais, ou simplesmente porque acabou o amor. Me pergunto: será que realmente houve amor?
No época do Antigo Testamento, era muito importante suscitar descendência. Como o povo hebreu era nômade e patriarcal, ter filhos significava também mão de obra para o trabalho, crescimento da tribo e prestígio social. Se a mulher não desse filhos, estaria impedindo o marido de prosperar. Ela deveria providenciar outra mulher para que seu marido tivesse filhos. Era uma sujeição muito triste, afinal quando amamos alguém queremos exclusividade.
Então é provável que Penina tenha sido a segunda esposa de Elcana, e esta sim, lhe deu filhos. No entender das pessoas do século XXI, a glória, o amor, o melhor deveria ser para Penina, pois foi ela que deu continuidade à geração de Elcana. E Ana... Ana já não servia mais. Mas nós estamos falando de amor, e nesse ramo, Ana era tudo o que Elcana realmente precisava.Ele era um homem que adorava a Deus, cumpria a sua responsabilidade de pai, de marido, mas o melhor que ele tinha a oferecer, ele entregava a Ana.
O amor entre homem e mulher é assim. Quando ele existe, existe só para duas pessoas se amarem. Não importa se o outro preenche os requisitos esperados pela sociedade. E eu pergunto a você, qual o sentimento que realmente nutre o seu relacionamento? Se, de repente, algo não for como você esperava, ou como os outros esperam, seu casamento está fadado ao fracasso? É o caso de você substituir o amor?
Ana era humilhada por Penina, e por isso não desejou comer e se pôs a chorar. Elcana, vendo e entendendo a razão do choro do seu grande amor, disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos? (1 Samuel 1:8) E então, pergunto a você, sociedade moderna, o que você faz ao ver a pessoa que você ama com algum problema? Pisa ainda mais na ferida, já que a dor não é em você? Providencia logo se afastar da “melosidade”? Dá uma bronca? Ou pior, bate, e diz que ela tem sorte de você a suportar, e que se continuar assim vai mandar “pastar”?
“Não te sou eu melhor do que dez filhos?” Não se case se você não amar. E não diga “eu te amo” quando na verdade o que você quer dizer é “eu gosto de você”. Case-se tão somente se for capaz de dizer um sim completo ao tão conhecido discurso: “Na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe”. Diante disso, tendo Deus como Senhor e guia, ah, colha os frutos da maravilha que é viver um grande amor! Ou melhor, O grande amor!

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