Por: amanda magnino
Eu não costumo admirar pessoas que se mostram perfeitas em mais de 90% do tempo.
Não acredito em um evangelho de mar de rosas e muitos dos meus grandes inspiradores são tão imperfeitos.
Porque insistimos em adorar ícones de perfeição? Nós nunca vamos chegar a esse ponto.
Escolhi Jesus Cristo como meu único ídolo porque foi o único que conseguiu chegar a perfeição sem ter a vida perfeita pregada com sorrisos falsos abundantes. E não creio que vai ter mais alguém que consiga realizar tal proeza.
Buscar viver como Cristo não é sinonimo de não ter problemas e viver uma vida de novela, é conseguir sobressair sobre os problemas com dignidade. Viver como Cristo não é ter sorrisos de propaganda de margarina, é sorrir em meio a lágrimas, quando alguém te trai com um beijo ou te nega e crucifica.
O Jesus Cristo que eu conheço chorou, sofreu, foi traído, não era rico e não vivia uma vida semelhante a algumas figuras conhecidas da fé da TV.
Enquanto eu ainda não consigo chegar a estatura de Cristo, eu vejo que minhas dificuldades e falta de sorrisos 24hs não são uma anomalia.
Eu não quero ser um ícone perfeito, eu quero ser uma pessoa normal que consegue viver mesmo em meio á imperfeição.
Não queiram me ver como uma pessoa perfeita, porque eu não sou.
Descobri que tenho limitações e a importância de saber que elas existem e estão ali. Um grande erro é achar que devemos ignora-las, parar de pensar quando nos lembramos delas e ficar com medo, o certo é encarar e saber até onde podemos avançar e caso já tenhamos avançado, como lutar contra e se perdemos a luta, como levantar.
Reconhecer limitações é uma virtude necessária, não espere cair nas suas próprias armadilhas pra reconhece-las.
Eu quero olhar pra ícones imperfeitos e ver que eu sou normal, eu quero ser um ícone imperfeito que tenta viver como o único ícone perfeito viveu.
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