As intenções de Deus

quarta-feira, 1 de agosto de 2012



Lendo o livro de 1 Reis 12, fiquei sem saber o que escrever. Sim, porque quando eu estava concluindo o meu raciocínio, me deparo com o versículo: O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque esta revolta vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR tinha falado pelo ministério de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate. (1 Reis 12:15)
O texto, a princípio, é muito simples de entender. O povo se dirigiu ao novo rei, em lugar de Salomão, para que houvesse paz entre eles. O rei pede conselho aos anciãos e aos seus amigos de sempre. Os anciãos disseram: segue em paz; e os jovens: seja mais duro que Salomão. Sabe qual conselho Jeroboão decidiu seguir? O dos seus amigos. Poderia falar da importância de ouvir os mais velhos, pois a maturidade trouxe a eles muitas experiências e aprendizados. Quando estava pronta pra detonar com a “burrice” evidente do novo rei, leio que assim aconteceu porque Deus providenciou que fosse dessa maneira. E agora? Deus planejando o mal? Mas, Deus é amor! É o que muita gente não consegue entender. E com muita sinceridade, é difícil ler determinadas passagens do Antigo Testamento. Eu não entendo muita coisa. Mas uma coisa eu sei perfeitamente: que Ele é o único e verdadeiro Deus, e que Ele é o criador de tudo o que existe. E sendo Ele o criador, como posso eu, criatura questionar tantas coisas, se o saber pleno está nEle? “Oh profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?” (Romanos 11:33-34)
Nós, quando crianças, nos revoltamos quando nossos pais nos disseram ‘não’, ou quando nos colocaram de castigo, e até mesmo nos deram algumas palmadas. Certamente pensamos que eles são maus. Eles não querem a nossa felicidade? Ora, as nossas intenções são sempre boas! Por que me impedem de ser feliz? Mas aí a gente cresce e entende que eles estavam certos. Que se não fossem os ‘nãos’, os castigos e as palmadas, poderíamos ter nos machucado fisicamente, emocionalmente, ou termos nos tornado adultos frustrados em diversas áreas sociais.
Durante muito tempo, não conseguia compreender o que dizia os versículos 32 e 33 de Lamentações de Jeremias, no terceiro capítulo: “Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens.” Eu me questionava: Deus entristece, depois usa de compaixão. Não seria mais simples não entristecer? Foi assim que ele havia planejado, no Édem! No entanto, sua criação, seus filhos, foram teimosos, desobedientes. Ele ensinou direitinho como eles deveriam proceder, mas escolheram desobedecer. Quem desobedece necessita de uma correção para entender que errou, e assim, não repetir o feito. Deus precisou entristecer a Adão e a Eva. Adão precisaria trabalhar pesado para sustentar sua família. Eva sentiria fortes dores no parto.
Não é fácil para um pai, para uma mãe entristecer o seu filho. Mas se faz necessário. E o castigo nunca é eterno. Daqui a uma semana, você poderá voltar a jogar bola e vai ter consciência de que deverá tomar cuidado para não quebrar a janela do vizinho novamente. O castigo do povo de Deus não seria eterno. Mas a sua compaixão é. O Salmo 136, em seus 26 versículos diz: o seu amor dura para sempre. Seja em circunstâncias boas, seja em circunstâncias ruins, o amor de Deus dura para sempre. E a maior prova disso é Jesus Cristo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Por diversas vezes, não concordamos com as intenções de Deus. Mas devemos lembrar que Ele é nosso Pai, e está cumprindo com a tarefa de cuidar de seus filhos. E não esqueça: ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens. Não é porque você está sofrendo que Ele deixou de te amar. Pelo contrário, muitas vezes, o nosso sofrimento é fruto de um amor continuamente ativo e zeloso.

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