Como se não houvesse amanhã

quarta-feira, 12 de setembro de 2012



Quais seriam as suas últimas palavras da sua vida? A quem seria? Em 1 Reis 2, encontramos as últimas palavras de Davi ao seu filho Salomão. Salomão seria o seu sucessor, e por assim ser, Davi precisava aconselhar o seu filho. Entre as frases ditas, vale explanar estas: “Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem. E guarda a ordenança do SENHOR teu Deus, para andares nos seus caminhos, e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na lei de Moisés; para que prosperes em tudo quanto fizeres, e para onde quer que fores.” (1 Reis 2:2-3)
Você já teve a experiência de se despedir de alguém muito querido? Eu já. Eu pensava que nunca mais veria essa pessoa e disse tudo o que estava em meu coração, e apontando sempre caminhos retos. Há uma canção secular que diz “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”; e é verdade. Por acreditarmos que haverá sempre um amanhã, adiamos o perdão, adiamos um conselho, adiamos atitudes, adiamos sentimentos. Por acreditarmos que haverá sempre um amanhã agirmos impetuosamente, pois haverá tempo para nos arrependermos. Por acreditarmos que sempre haverá um amanhã, não cuidamos do que está ao nosso alcance hoje, pois haverá outro alguém para fazer isso. Por acreditarmos que haverá um amanhã, nos damos a oportunidade de sermos medíocres.
E quem, na verdade, pode garantir que daqui a cinco minutos haverá fôlego de vida em si? O que será dos seus planos? Nada. Você pode morrer sem que a pessoa que você tanto ama saiba que esse amor existiu. Você pode morrer sem ter vivido o grande amor da sua vida, sem que fosse por cinco minutos. Você pode morrer sem ensinar a seu filho em qual caminho ele deve andar, e o destino dele pode ser muito diferente do que você imaginava para ele. Tudo seria diferente se vivêssemos como se não houvesse o amanhã. Tudo seria diferente se entendêssemos que nunca alcançaremos o futuro, pois o futuro quando chegar a nós, chegará como o “agora”. Então não faça amanhã, pois amanhã virá a ser agora também.
Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos. Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais. (Lucas 12:37-40)
Devemos estar sempre prontos, pois não temos o controle do tempo. Por acharmos que viveremos muito, adiamos o nosso compromisso com Deus. Como seria a nossa vida se soubéssemos que amanhã o Senhor viria buscar a sua Igreja? Quais seriam as suas conversas, qual a intensidade da sua busca pelo conhecimento da Palavra de Deus, qual seria o seu fervor na adoração, como seria a sua evangelização?
Repito, por acreditarmos que haverá um amanhã, nos damos a oportunidade de sermos medíocres. Por acreditarmos que haverá sempre um amanhã, nos afastamos cada vez mais da presença do Senhor. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.” Hebreus 4:7
Não quero dizer que devemos viver temendo a morte. Quero dizer que podemos fazer muito mais, e melhor, antes que ela chegue até nós.

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