Por: Flávia Pereira Caraíbas
Vaso frágil
Formado de barro
Aquele barro criado em volta dos rios
E através do rio vida o Criador me formou
O rio em seu percurso
Depositou cristais
Depositou sinais
Contudo, me fez frágil
Tão delicado
Capaz de se desfazer em pedaços
Toda vez que por algum motivo,
Caio ao chão
Uma carcaça vulnerável
Que por vezes se desfaz
E por vezes se refaz
Contudo, há um tesouro
Um tesouro que habita
Dentro da matriz amorfa e sem vida do barro
O tesouro dá vida ao barro sem forma
O vaso não pode por si só
Não pode ser melhor
Mas o tesouro que nele habita
O faz forte e moldado
E assim ele pode ser usado
Pode cair, até rachar
E ainda assim não se quebrar
O tesouro faz com que ele não se quebre
Não se quebre jamais
Porque trouxe vida
E o barro antes morto
Ganhou vida sem fim
"Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós" (2 Co 4.7).
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