Quinta da galera 1 - Matando um leão por dia.

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Há um ditado popular que diz “Devemos matar um leão por dia”. Ou seja, matar o leão significa vencer os desafios. E cá entre nós, matar um leão, não é uma tarefa nada fácil.Falo isso porque penso em Daniel, capítulo 6. Desde criança aprendemos a história de Daniel na cova dos leões. A história é assim: Daniel foi um jovem a quem Deus deu conhecimento, inteligência em todas as letras, sabedoria e entendimento em toda a visão e sonhos. Tudo isso porque ele decidiu, em todo o tempo, consagrar-se a Deus. E na sua trajetória, Deus o usou para desvendar e interpretar sonhos do rei, e interpretar palavras desconhecidas. Como resultado, foi promovido a cargos de confiança dos reinados. Cada vez mais Daniel se destacava, pois nele havia um espírito excelente; e isso fazia arder a inveja da nobreza.

Certa vez, Daniel foi escolhido pelo rei Dario para ser um, dos três presidentes do reino, sendo que cento e vinte príncipes teriam que dar conta a estes três presidentes. Ora, aos olhos de muitos, Daniel não deveria ocupar um cargo tão importante, uma vez que ele era estrangeiro, pior, oriundo de uma guerra perdida, cativo. “Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na lei do seu Deus.” (Daniel 6:4-5) Fizeram então, uma proposta ao rei: Todos os presidentes do reino, os capitães e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Agora, pois, ó rei, confirma a proibição, e assina o edito, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar. Por esta razão o rei Dario assinou o edito e a proibição. (Daniel 6:7-9)

Será que não era o caso de Daniel “matar o seu leão do dia”? Ou ele “matava” esses leões, ou os leões, literalmente, devorariam a Daniel. Daniel tinha que fazer alguma coisa extraordinária para acabar com esse leão; e sua atitude foi... orar. “Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.” (Daniel 6:10-11)
Mas, logo orar? Orar, para muitos, é sempre a última alternativa (como dizem: já fiz de tudo, só me resta agora orar.) E nesse caso, Daniel, indo orar, não estava caindo em uma armadilha, estava indo, de vontade própria, em direção a ela.

Quando o rei Dario soube que Daniel estava, como de costume, realizando oração ao Deus dos judeus, ele não ficou furioso, como Nabucodonosor, no episódio da fornalha ardente (Daniel 3). “Ouvindo então o rei essas palavras, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo.” (Daniel 6:14) Mas, a lei dos medos e dos persas rege que nenhum edito ou decreto, que o rei estabeleça, se pode mudar. E o rei, com muito pesar, e com esperança de livramento pelo Deus de Daniel, lançou Daniel na cova dos leões.

Não devemos matar um leão por dia? Não devemos vencer os nossos desafios, os nossos adversários? Por que Daniel se entregou ao golpe daqueles homens? Por que Daniel escolheu morrer, ao invés de matar e viver?

“Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões. E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então Daniel falou ao rei: O rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.” (Daniel 6:19-22)

Daniel, que viveu muitos anos antes do apóstolo Paulo, soube compreender que “não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:12)

Quando soube do edito do rei, Daniel tomou a atitude de matar o leão que queria devorá-lo. Os presidentes e os príncipes não viram, mas no flagrante, Daniel estava revestido com uma super armadura. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.” (Efésios 6:13-20) Daniel estava protegido.

Você consegue identificar os leões que estão rugindo contra você? Você tem lutado com as armas certas? Na luta, muitas vezes, a nossa atitude deve ser uma postura de paz. “Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hebreus 10:30-31)

Por: Ana Marta Figueiredo Mascarenhas Cerqueira

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