A Igreja Perseguida na Jordânia

sexta-feira, 9 de setembro de 2011





A Igreja

Os primeiros cristãos chegaram ao país durante a época dos apóstolos, e seus descendentes resistiram até os dias de hoje, mantidos pelo zeloso clero ortodoxo.

As cidades de Husn, no norte, e Fuheis, perto do Amã, a capital, são predominantemente cristãs. As cidades de Madaba e Karak, ambas ao sul da capital, também têm populações cristãs significantes.


A perseguição

A liberdade religiosa no país piorou entre 2007-2008. O governo abriu casos judiciais contra apóstatas (pessoas que abandonaram o islamismo) e expulsou cerca de 30 obreiros cristãos estrangeiros.

Membros de grupos religiosos não-registrados e ex-muçulmanos sofrem discriminação legal e correm o risco de perder seus direitos civis. Alguns indivíduos, e até famílias inteiras, têm sido ameaçados.

Os tribunais regidos pela sharia (lei islâmica) têm autoridade de processar evangelistas e pessoas que abandonam o islamismo.

Quando um muçulmano se converte ao cristianismo, o ato não é legalmente reconhecido pelas autoridades e o indivíduo continua a ser tratado como muçulmano perante a lei. Os filhos menores de um muçulmano do sexo masculino que se converte ao cristianismo continuam sendo legalmente muçulmanos.

Como o cristianismo é uma religião reconhecida, e os não-muçulmanos podem professar e praticar a fé cristã, as igrejas devem receber reconhecimento legal do governo. Elas precisam dele para ter direito à posse de um terreno, e para ministrar os sacramentos, inclusive o matrimônio. As igrejas e outras instituições religiosas solicitam o registro junto ao primeiro-ministro.

O governo leva em conta os seguintes critérios para reconhecer as igrejas cristãs: a fé não deve contradizer a natureza da Constituição, nem a ética, os costumes, ou as tradições públicas; deve ser reconhecida pelo Conselho de Igrejas do Oriente Médio; não deve se opor à religião nacional; e o grupo deve ter alguns jordanianos como membros. O Governo não interfere no culto público da minoria cristã.

Muhammad Abbad al-Qader Abbad se converteu ao cristianismo há 15 anos. Ele foi acusado de apostasia no dia 28 de março de 2008 perante o Tribunal Islâmico de Aman. Ele e a esposa, Muna, têm dois filhos: Joy, de 11 anos, e Salam, de 9 anos. Em 23 de março, Muhammad e Muna foram atacados e agredidos por fundamentalistas muçulmanos. O filho dele também foi agredido porque tentou proteger o pai.

O pai de Muhammad informou o caso à polícia e pediu custódia das duas crianças do casal. Quando Muhammad foi até a polícia registrar uma reclamação contra os agressores, eles lhe disseram que voltasse no dia seguinte. Pela manhã, quando o cristão voltou à delegacia, foi levado ao escritório do governador para ser questionado sobre sua conversão ao cristianismo. Em seguida, foi enviado para um tribunal da sharia e acusado de apostasia. O pai de Muhammad estava no tribunal e pediu ao juiz lhe concedesse a custódia dos dois netos. Quando Muhammad falou que nunca tinha sido muçulmano porque era ateu antes de se tornar cristão, ele foi condenado à uma semana de prisão por desacato.

Ele foi levado de volta para a delegacia de polícia e de lá foi enviado para a Prisão de Jweideh, em Aman. Por causa da agressão sofrida nos dias anteriores, ele acabou desfalecendo por duas vezes, até que foi levado para um hospital, onde foi algemado à cama. Uma audiência ocorreu no dia 27 de março, mas Muhammad Abbad se recusou a negar sua fé e voltar ao islã.

Os advogados o aconselharam a negar a fé porque Muhammad perderia o caso e a custódia dos filhos no tribunal. Por isso, o casal decidiu fugir do país na sexta-feira, 28 de março. Depois de se esconder em países árabes diferentes por quase duas semanas o casal viajou a um país europeu e encontra-se em asilo.


Motivos de oração

1. A Igreja desfruta de liberdade. Ela está usando essa liberdade para compartilhar sua fé. Ore para que a abertura religiosa continue e seja intensificada pelos meios de comunicação, como os programas de rádio em ondas curtas, por exemplo.

2. A Igreja precisa manter-se sensível ao clima religioso. As oportunidades de testemunho exigem tato e discrição. Ore pela distribuição de literatura e vídeos evangelísticos realizada pelas livrarias, pois este tem sido um trabalho particularmente frutífero.

3. A Igreja sofre com os ataques dos radicais. Alguns ministérios têm sido alvos de atentados com bombas incendiárias e alguns líderes já foram ameaçados de morte. Ore para que os líderes cristãos continuem a compartilhar sua fé com ousadia e para que o governo apoie os cristãos em sua luta contra a perseguição.


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