Amados, segue um texto que o nosso querido Lucas Gonçalves escreveu ano passado,
e nos enviou para o Quinta da Galera! Boa leitura! :
Estamos no
dia 12 de outubro, e nesses últimos dias, não consegui deixar de pensar nele.
Não nas crianças que representam este simbólico dia, mas sim naqueles que, na
Terra, são responsáveis por estes pequeninos. Pequeninos estes que, num futuro
próximo, terão os seus próprios rebentos, para os quais deverão dispor
proteção, amor e instrução espiritual. Sendo fortemente, reprodutores dos exemplos
que angariaram durante suas criações.
O motivo
inicial, que deflagrou este pensamento, ocorreu-me faz uns dois anos, quando
descobri, no decorrer de algumas situações nas quais me desviei da presença
DEUS, que eu não poderia gerar filhos.
Creio que
seja impossível dizer, neste tipo de situação, que não fiquei chocado. Admito
que, antes desse dia, não havia pensado de forma tão focada em minha
descendência. Mas, naquele instante, algo que antes poderia acontecer em
questão de tempo, agora aconteceria somente por questão de milagre.
Confesso que
nessa época, estava cometendo julgo desigual... E isto me incitou a pensar na
família que este tipo de união poderia resultar. Era óbvio (e indiscutível),
que não seria boa... Tinha a consciência do erro que estava cometendo, e que
era questão de tempo que este relacionamento chegasse ao fim, dada a
divergência ideológica que existia. Pela graça de DEUS, realmente não tardou
acontecer e ocorreu sem outros deslizes mais fortes; e pela sua misericórdia,
tive a oportunidade de deleitar-me novamente em suas veredas, caminho pelo qual
não deveria ter-me desviado.
Durante o
processo de análise dessa experiência, filosofei um bocado sobre uma
problemática que permeia o mundo no qual vivemos: o amor e a suas facetas
(incluindo a sua falta e a sua presença)... É indiscutível (e triste) perceber
o quão desenvolvido (ou atrofiado) é esse assunto.
Num mundo
onde não é difícil ouvir entremeados aos fatos relatados nos noticiários que um
(a) filho (a) executa os pais; que jovens enveredam-se nos caminhos do tráfico
e da prostituição; que pessoas, sem quaisquer razões específicas, executam
outro ser humano por motivos irrisórios. Tudo isso, fez-me pensar na qualidade
e eficiência do amor que os pais dão aos seus filhos. Conforme disse
anteriormente, futuros reprodutores dos atos de seus progenitores... De que uma
boa parcela desses acontecimentos estaria atrelada ao fato da incapacidade de
uma busca conjunta, dentro de cada lar, pela presença de DEUS.
Quando digo
conjunta, refiro-me ao casal; aos pais que devem trazer para dentro de sua casa
a fonte da água da vida; a aqueles que devem encher a sua aljava de bons
testemunhos; a aqueles que devem instruí-los no caminho que devem seguir,
conforme Pv 22:6.
Quanto à
necessidade de que ambos estejam na presença de DEUS, pode ser representado por
um simbolismo simples: imagine que o homem e a mulher sejam, cada um, uma folha
de papel, onde será redigida uma mensagem. Sendo que não de forma contínua, e
sim alternada, isto é, cada letra desta mensagem seria escrita na folha-homem,
depois na folha-mulher, depois na folha-homem e assim sucessivamente...
Respeitando, inclusive, os espaços entre as palavras na mensagem original.
Individualmente,
a mensagem torna-se difícil de passar se cada folhar estiver sob um idioma
diferente daquele do outro... Por isso, para que a mensagem seja realmente
compreendida é necessário que estejam sob o mesmo dialeto. Além disso, quando
tentamos ler sem a fonte correta não conseguimos absorver aquilo que deveríamos
absorver nem da forma na qual deveríamos. Como fonte, podemos entender o
emprego de uma luz, afinal, quando colocamos duas folhas contra uma luz,
conseguimos ver a superposição de ambos os escritos.
Por isso,
quando digo as folhas, refiro-me aos pais; quando digo luz, refiro-me aquela
oriunda da palavra de DEUS; quando digo dialeto, refiro-me a convicção de
CRISTO É O CAMINHO; quando digo mensagem, refiro-me aquela única que
necessitamos exortar aos nossos filhos: DE QUE JESUS CRISTO É O SENHOR, E DE
QUE TUDO QUE ACONTECE É PELA SUA GRAÇA E PARA A SUA GLÓRIA! DE QUE NÃO DEVEMOS
NOS ENVERGONHAR DELE, POIS QUANDO ISTO OCORRE, SOMOS NÓS QUE O ENVERGONHAMOS. E
ISTO É LASTIMÁVEL...
Não quero
insinuar que em momento algum da educação dos filhos não surgirão dúvidas atinentes
quanto a uma orientação mais eficiente da sua prole.. Surgirão sim, e nesse
momento é que se deve buscar o corpo de CRISTO, para colher conselhos que
venham a agregar-nos.
Apenas para
corroborar tal idéia, existe um dito popular da cultura laica, que pode ser
citada aqui: Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que
vai acompanhado com certeza chegará mais longe.
Eu sei que
num primeiro momento pode ser meio difícil fazer da maneira certa, afinal
admitir que se esteja falhando ou que se possua uma lacuna em seu
desenvolvimento é duro de fazer. Mas, mais duro ainda, para você e sua família,
é tentar prosseguir sozinho. Por isso, venho admoestá-los a sempre procurar um
irmão nos seus momentos de dificuldade, para que nos momentos de dificuldade
dele, ele tenha a quem recorrer. Você verá que é reconfortante saber que não se
está sozinho (a) e de que você não foi o (a) primeiro (a) a passar por isso.
Pode não
parecer, mas nesse momento, durante esse escambo de experiências, ambos estarão
crescendo. Mas tal crescimento não será apenas como homens e mulheres, mas como
partes integrantes do corpo de CRISTO, Corpo este que devemos nos preocupar.
Afinal, não creio, na minha concepção, que seja possível e/ou compreensível que
um corpo fique tranqüilo quando, por exemplo, tenha-se um dedo gangrenando!
Para evitar
isso, devemos trabalhar para que o sangue esteja sempre circulando na noiva de
CRISTO. Fortalecendo-a. E num tempo, não muito longe dos dias atuais, nossos
filhos estarão fazendo parte deste corpo e, além disso, fazendo-o caminhar
nessa sociedade corrompida, representando-O da maneira que deve ser feita.
Outrossim,
vale a ressalva de que mesmo que a labuta seja desgastante, a coroa da vida é
bela! Que mesmo que o caminho até a beirada do lago seja doloroso, a verdadeira
benção está em chegar ao meio do lago... Indo sobre as águas. Mas, lembrando
que conseguiremos este último apenas mediante a fé em DEUS!
Mas quero
que não desanime e nem esmoreça, meu irmão. Acredite, quando você precisar,
terá um de nós ao seu lado para lhe oferecer um ombro amigo e conselho sábio...
Como em alguns lugares do mundo, essa espontaneidade pública não é assim tão
permitida, aconselho-te a aproveitar essa chance ímpar...
E apenas
para findar, gostaria de deixar-lhe uma frase, de autoria de Charles R.
Swindoll, que me direcionou no momento da descoberta da minha esterilidade: Eu
tento, eu falho. Eu confio, o Senhor traz resultados!
Infelizmente,
não posso dizer que hoje possuo um filho em meus braços, o que talvez fosse o
final mais literário e perfeito possível para esse texto. Mas posso dizer que
felizmente isso é questão de tempo. Apenas aguardo o encontro com aquela com a
qual desenvolverei um relacionamento trino com DEUS (eu, minha amada e meu SENHOR)
e com a qual concretizarei a promessa que recebi uns seis meses após a notícia
fatídica: QUE PELA SUA GRAÇA E PARA A SUA GLÓRIA SERIA PAI!
Sinceramente,
espero ter-lhes acrescido algo espiritualmente, e principalmente engrandecido O
NOME DAQUELE QUE REALMENTE MERECE. Uma boa semana a todos e que a paz de JESUS
CRISTO esteja em seus corações.
Inspirado
por DEUS,
Auxiliado
pelos diálogos com conselheiros enviados por ELE,
E redigido
por Lucas Gonçalves Machado.
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