Aprendendo a Viver!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Boa Noite! 
Hoje 23 de Setembro, inicia-se a primavera, estação das flores, das cores, do renovo. E que assim seja! 
Mas, hoje eu vim compartilhar com vocês um poema que fiz 18 dias após a morte de meu amado pai, Silverio Viturino do Carmo. 
Hoje mesmo em meio a muita correria e afazeres, lembrei-me das flores que joguei em seu tumulo...e lá não encontramos nenhuma beleza mais. No entanto não vim falar necessariamente de morte, mas do quanto o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas, do quanto hoje eu tenho aprendido a viver um dia de cada vez, retendo o que é bom, e me desafiado a pagar o bem pelo mal. 


Hoje, ainda em meio a agitação, recebi a noticia que uma grande amiga, que já sofreá a dor de 6 abortos espontâneos, e que estava gravida de aproximadamente 6 meses, essa manhã passou por um parto pré-maturo, e nosso amado menino Pedro, apesar das circunstancias reage bem. (Permaneçamos em intercessão)
O mesmo Deus que sustentou e tem sustentado os pais do Pedro em meio a tantas perdas, dor e superações, é o que tem me sustentado, e se ainda em meio a dor, e as expectativas, sorrimos e continuamos com esperança a nossa caminhada é porque sabemos que "nada poderá nos separar do amor de Deus que esta em cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:39) E nós sabemos que o nosso redentor vive!

Deixo-vos o meu Poema, e espero que as minhas palavras te ajudem a viver e não apenas a sobreviver.



MEMORIA

Foi um golpe repentino,
é um lastimável destino dos homens.
Fui treinada a me curvar mais a nunca desabar.
Descobri o caminho das letras, e fui amparada com incomparável destreza.
E os passos continuam firmes, para que toda a estrutura mesmo abalada,  prossiga.
Não estimulo nem refreio as lagrimas, mas, afasto de mim toda murmuração;
Não detenho as lembranças, mas, recuso a amargura.
No dia dezesseis do mês de março no ano 1989 cheguei como um presente, e ao respirar, não chorei... mas, em questão de minutos conheci a dor de um golpe repentino que me fez chorar; por breve tempo.
Fui acolhida e amamentada, e então descobrir o amor, e atrevo-me a dizer que ali este rebento primogênito percebeu que o amor é maior que a dor.
Um ensinamento na Infância me foi dado: “Honra teu Pai e a tua mãe...” tatuado foi este em meu coração, e então me dediquei a ser de fato um
presente, ouvi atentamente o ensino do meu Pai e não deixei a instrução da minha mãe.
A sua benção foi-me dada todas as noites e o seu beijo em cada despedida eu recebi.  Orgulho-me das muitas vezes que o ouvi desabafar, e de como juntos conseguimos superar traumas da sua infância, de como foi tão valioso e desafiador alcançar ainda que timidamente as expressões do nosso profundo e verdadeiro amor.
E esta andarilha e peregrina, é bondosamente confortada ao recordar dos momentos em que pôde ver os olhos do seu Pai brilhando de orgulho pela sua primogênita.  Foi com este honroso homem que ela aprendeu que é melhor e muito mais proveitoso que as honras e homenagens sejam feitas enquanto o homenageado esteja em vida, para que este tenha e receba em seu coração as alegrias devidas.
Fui ensinada a mesmo diante da morte não morrer, mas a viver, pois o amor é muito maior que a dor.
Continuarei a seguir as suas instruções...


Forte abraço
Karina do Carmo 


  

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